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COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

Programas


Cirurgia Cardiovascular

O serviço de Cirurgia Cardiovascular no Hospital Nossa Senhora da Conceição foi inaugurado em 07/12/73, pelo prof. Adilb Domingos Jatene, antes houve Cirurgia Cardiovascular nos hospitais Cristo Redentor e Fêmina. Desde então, ininterruptamente, vem dando atendimentos aos pacientes que procuram o hospital, oriundos da camada mais carente da cidade, periferia, de todo o interior do Estado, bem como do sul e do oeste de Santa Catarina.
Como é hospital de referência do INSS e atende cerca de 40% da população previdenciária do Estado do Rio Grande do Sul, é hospital onde os casos de extrema gravidade procuram solução. É frequente recebermos, enviados de outros hospitais, casos para cirurgia cardiovascular de urgência como: dissecção aguda da aorta, endocardite infecciosa com grave comprometimento hemodinâmico, complicações de infarto agudo do miocárdio como CIV, ruptura do músculo papilar, cardiopatias congênitas cianóticas, etc...
Além dos casos de urgência que a equipe da cirurgia cardiovascular tem procurado tratar, cerca de 200 cirurgias de rotina com circulação extra-corpórea no ano são realizadas em nosso hospital.
Cirurgias sem extra-corpórea se acrescentadas a este número, como implante de marca-passo de uma ou de dupla câmara, cirurgias paliativas para cardiopatias congênitas e cirurgias sobre o pericárdio (cerca de 70 cirurgias).
Os membros do Serviço têm comparecido aos congressos de especialidade, têm sido convidados para participarem de simpósios, mesas redondas, conferências, etc...
Os cirurgiões têm formação nos melhores centros do país e exterior (Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – SP e Clevelend Clinic EEUU).
Nosso Serviço foi pioneiro no RS, no uso de Artéria mamária interna para a revascularização direta do Miocárcio, tendo publicado na revista da AMRIGS ( Associação Médica do Rio Grande do Sul) esta experiência e apresentando a mesma no 41° Congresso Brasileiro de Cardiologia. Também iniciou no Rio Grande do Sul, o atendimento cirúrgico a pacientes com SIDA. O desempenho excelente de ex - residentes em outros serviços no Estado é importante recomendação para a procura por novos candidatos à residência. Há intercâmbio com o ICC-FUC visando complementar a formação, sobretudo no tratamento de portadores de cardiopatias congênitas.

Período: 4 anos de duração
Carga-horária anual: 2.880 horas
Número de vagas: R1 - uma
R2 - uma
R3 - uma
R4 - uma


RECURSOS MATERIAIS:

A – Unidade de Internação – junto ao Serviço de Cardiologia, dispondo de 43 leitos, aos pares em quartos com banheiro.
Posto de Enfermagem – com sala de prescrição, secretária, sala de preparo de medicamentos e distribuição.

B – Centro Cirúrgico – o Serviço de Cirurgia Cardiovascular conta com duas amplas salas cirúrgicas conjugadas, mas que podem ser isoladas, cada uma realizando cirurgia cardíaca, simultaneamente.
O material cirúrgico é abundante e de alta qualidade, permitindo a realização de qualquer cirurgia. As salas e o material permitem a realização de duas cirurgias cardíacas com ou sem extracorpórea, concomitantemente.
Na sala de cirurgia existem monitores, desfibriladores, máquinas para circulação extracorpórea (2), etc.

C – Sala de recuperação de pós-operatório imediato – Está dentro da área de UTI do Hospital para pacientes submetidos a cirurgias maiores.

D – Sala de recuperação intermediária – Localizada dentro da área de UTI do hospital.

E – Ambulatório – consultório médico para avaliação pré e pós-operatório dos pacientes do serviço.

F – Sala de reuniões – o serviço compartilha sala com a Hemodinâmica, onde são analisados os filmes e discutidos os casos de candidatos à cirurgia, bem como as indicações de endopróteses.


RECUROS HUMANOS:

A – Do Serviço de Cirurgia Cardiovascular:

B – Do Hospital – corpo clínico comprometido com o Programa de Residência Médica, especialmente áreas anexas e de apoio como UTI clínica, Unidade Cuidados Coronária, Eletrocardiografia, Ergometria, Medicina Nuclear, Anatomia Patológica, Hemodinâmica e Ecocardiografia.

C – Anestesistas especialmente contratados para atendimento do Serviço de Cirurgia Cardiovascular

D - Corpo de plantonistas pós-operatórios e rotineiros.

E – Técnicos em perfusão (circulação extra-corpórea)


OBJETIVO GERAL DO PROGRAMA:
Proporcionar a médicos ensino, treinamento em serviço e pesquisa na pós-graduação para capacitá-los ao exercício profissional da Cirurgia Cardiovascular.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
A – Desenvolvimento de conhecimentos, de habilidades e de atitudes fundamentais ao exercício da especialidade.

B – Treinamento na aplicação da metodologia científica, no trato das atividades da especialidade.
C – Incentivo ao estudo continuado, à atualização e à elaboração e participação em trabalhos científicos.
D – Questionamento permanente sobre a relação médico-paciente, com vista ao seu aperfeiçoamento.
E – Ênfase aos princípios da ética, no relacionamento do médico com seus colegas, pacientes e pessoal para-médico.
F – Desenvolver hábitos de disciplina, pontualidade, cuidado pessoal, hierarquia e atitude condizente à profissão de médico.

DEFINIÇÃO DE CONTEÚDOS:

A – Temas Essenciais:

01. Avaliação da doença cardíaca.
02. Acesso Cirúrgico ao coração e grandes vasos.
03. Noções de anestesia para cirurgia cardíaca.
04. Circulação extra-corpórea e suporte circulatório.
05. Proteção miocárdica para cirurgia cardíaca.
06. Cuidados pós-operatórios.
07. Implante de marca-passo.
08. Anatomia de cardiopatia congênita.
09. Realização de Anastomoses sistêmico-pulmonares.
10. Bandagem da artéria pulmonar.
11. Drenagem pulmonar anômala total: anatomia cirúrgica e correção do defeito.
12. Defeitos do septo atrial: anatomia, patologia cirúrgica, correção dos defeitos.
13. Defeitos do septo atrioventricular.
14. Atresia tricúspide.
15. Anomalia de Ebstein.
16. Defeitos do septo interventricular.
17. Tetralogia de Fallot.
18. Atresia pulmonar.
19. Transposição dos grandes vasos.
20. Persistência do canal arterial.
21. Coarctação da aorta.
22. Pericardiotomia e pericardiectomia.
23. Cirurgia reconstrutiva de valva mitral.
24. Próteses valvares.
25. Tratamento cirúrgico da doença valvar aórtica.
26. Cirurgia de revascularização do miocárdio.
27. Cirurgia das complicações do infarto do miocárdio.
28. Trauma do coração e grandes vasos.
29. Tratamento cirúrgico dos aneurismas da aorta torácica.
30. Tratamento da dissecção aguda da aorta.
31. Tratamento dos tuCOREMEs do coração.
32. Tratamentos endovasculares.

B – Área de Habilidade:

1. Capacitação para realizar anamnese, exame clínico com eficiência, diagnosticar com precisão situações urgentes e usar de apoio dos meios diagnósticos.

2. Condições de preparo pré-operatório e seguimento pós-operatório.

3. Conhecimento do material cirúrgico, do material para circulação extra-corpórea, balão intra-aórtico.

4. Condições técnicas para realizar cirurgias rotineiras da especialidade.

5. Treinamento de interpretação do exame, usados rotineiramente para estabelecer o diagnóstico da patologia Cirúrgica Cardiovascular: ECG, Ergometria, Raio X, Ecocardiografia, Estudo Hemodinâmico, Coronariografia, Tomografia, Medicina Nuclear e Ressonância Magnética.

ESTRATÉGIA DE ENSINO TEÓRICO:

O exercício teórico ocupará 20% das atividades do R1.

A – Reunião semanal: Reunião em conjunto com os cardiologistas, hemodinamicistas e os cirurgiões cardiovasculares dos casos com indicação cirúrgica a serem operados na semana. Ocorrem às quartas-feiras, das 10h30min às 12h30min.

B – Reunião para revisão de técnicas cirúrgicas: Será realizada semanalmente, às sextas-feiras, das 10h às 12h, coordenada por um dos membros do serviço.

C – Reunião de estudos: Revisão das principais revistas da especialidade, comentários sobre capítulos de livros, orientação para elaboração de trabalhos científicos.

D – “Round diário”: Pela manhã, às 8h30min, revisão dos pacientes internados em preparo para cirurgia.

E – Revisão pós-operatória: Ás 9h30min, revisão dos pacientes operados, orientação e conduta terapêutica, com um dos membros do serviço.


ESTRATÉGIA PARA ATIVIDADE PRÁTICA:

O ensino prático ocupará 80% do tempo de atividade do R1, R2, R3 e R4.

A – Na unidade de internação: Preparo pré-operatório dos pacientes. Orientação aos estagiários, abrangendo 30% da carga horária anual.

B – No ambulatório: Ocupará 15% das atividades do R1, R2, R3 e R4. seleção de casos cirúrgicos e encaminhamento dos mesmos para cirurgia. Acompanhamento dos pacientes em pós-operatório.

C – Na sala de recuperação: Acompanhamento do pós-operatório imediato, e da avaliação pós-operatória até a alta desta unidade para enfermaria. Plantão semanal noturno no pós-operatório imediato.

D – No centro cirúrgico: Ocupará 40% das atividades do R1, R2, R3 e R4. Os R1 serão treinados na instrumentação cirúrgica, montagem da máquina de circulação extra-corpórea e 2° auxílio dos cirurgiões cardiovasculares. Farão o 1° auxílio dos implantes de marca-passo.
Os R2 serão treinados e assumirão a responsabilidade com o acompanhamento dos membros do Serviço da perfusão. Farão o 1° auxílio das cirurgias com extra-corpórea e algumas cirurgias sem extra-corpórea.
Os R3 farão o 1° auxílio das cirurgias com circulação extra-corpórea. Executarão cirurgias sem extra-corpórea mais elaboradas e algumas cirurgias com extra-corpórea sob supervisão dos médicos do Serviço, bem como iniciação no emprego de endopróteses.
Os R4 farão a maioria das cirurgias, incluindo casos mais complexos e com circulação extra-corpórea. Terão participação ativa em procedimentos endovasculares.

E – Pronto-Socorro (Emergência): Ocupará 10% do tempo dos R1, R2, R3 e R4. Será no próprio Pronto-Socorro do Hospital que tem uma demanda muito grande de pacientes.


ESTÁGIOS OBRIGATÓRIOS:

CARDIODOLGIA

CIRCULAÇÃO EXTRA-CORPÓREA

TERAPIA INTENSIVA

CIRURGIA EXPERIMENTAL

CIRURGIA VASCULAR PERIFÉRICA (Com permanência de 30 dias, em meio turno em cada estágio).

NOTA: Ressaltamos como estágio obrigatório a Anatomia Patológica, no qual será dado destaque ao manuseio das peças do Serviço – para melhor compreensão da anatomia cirúrgica.


CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE CANDIDATOS:

1- Pré-requisito: Ter completado 2 anos em serviço de Residência Médica em Cirurgia Geral, em Serviço estruturado e credenciado pela CNRM.
2- Seleção conforme resoluções da CNRM.


CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO RESIDENTE:

A avaliação será embasada nos seguintes critérios:
1- Frequência
2- Pontualidade
3- Participação
4- Desenvolvimento de habilidade
5- Relacionamento com o grupo
6- Apresentação
7- Aquisição de conteúdos
8- Prova escrita semestral
9- Monografia de conclusão da residência relatando a experiência, casos clínicos, analisando a literatura especializada e propondo temas originais.

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